Primeiro trecho da viagem, expectativa de 138 km de descida. Todo mundo disse que a gente ia descer de Curitiba para Joinville. Apenas o Junior que falou que a gente pegaria cerca de 40 km de subida. Vou te dizer uma coisa: foi dificíl.
Tudo preparado na noite anterior: malas, roupas separadas, garrafinhas de água e carboidrato deixadas agradecidamente na geladeira do hotel (valeu Hotel Paratini) e bicicletas já apontando a porta.
Treinamos apenas um mês para a viagem. O maior treino tinha sido 70 km no dia 8 de novembro no percurso de São Sebastião. Juntando isso com a adrenalina e dormir numa cama diferente da acostumada, acarretou em sono leve e sentimento que nem tinhamos dormido quando o despertador tocou 5:20 am. Isso mesmo 5:20 da manhã. Mais 10 minutos de soneca, 5:30 am. Para os padrões meu e do Bruno de acordar cedo, imagine como se a gente tivesse acordado 3:30 am então.
O café da manhã estava previsto para apartir de 6:30 e a gente ia tentar convencer a cozinheira de preparar algo pra gente umas 6:00.
Primeira impressão da estrada já foi boa. Acostamento bom, largo e duas faixas de cada lado da pista permitindo que os carros ficassem sempre por lá.
O planejamento de acordar cedo e parar de uma em uma hora foi seguido. Com uma hora pedalando paramos logo depois de uma das muitas subidas, para comer um nutri e tentar


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Ai começou a chuver e muita neblina. Logo depois começaram as descidas. Agora eu não queria mais saber das descidas. Se for com chuva, neblina e caminhões parados no acostamento obstruindo por onde passavamos, eu prefiro suubbiiiiirrrrrrr e descer. Passamos por trechos muito perigosos, em alguns momentos desciamos da bicicleta para ir andando. Os trechos mais perigosos eram quando tinha caminhão parado, em pontes e quando o acostamento virava 3ª faixa para os carros justo nos trechos mais perigosos.
Ficamos impressionados com a presteza de maioria dos caminhoneiros. A maioria mudava de faixa, reduzia um pouco e nós ajudava mesmo com pequenos gestos. Obrigado especial para esses caminhoneiros.

Paramos na residência de um cara que nos deixou aproveitar de sua varanda para esquentar, comer (um panetone cada, que foi devorado, segundo nutri e rapadura) e ainda nos ajudou enchendo com água duas garrafinhas nossas.

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Toda hora lembravamos das pessoas falando que iamos descer para Joinville. Quando finalmente chegou a tão proclamada descida, sofremos com a chuva, neblina e trechos perigosos. Mas quem disse que seria fácil? Pelo contrário, todo mundo chamava a gente de doidos. Ali percebemos que realmente a gente não batia bem da cabeça mesmo.

Faltando pouco para chegar em Joinville, os dois já cansados eu falei para o Brunão:
- Ah muleque, eu to motivado. To me amarrando. Ta du car... a viagem. Até agora não senti vontade de parar. Vamos que vamos.
A cara dele não parecia ter a mesma motivação, mas com certeza parecia estar feliz com a viagem.
Agora a viagem já não tinha mais tantas subidas e descidas, o tempo melhorou e finalmente depois de 137 km chegamos em Joinville.
Chegamos com fome, sujos e cansados, mas chegamos felizes e com uma enorme satisfação de cumprir o primeiro trecho da viagem.
Vou deixar o Brunão comentar.
Números do pedal:
Pedal: 3º
Trecho da viagem: 1º
Tempo pedalando: 06:53:00
Tempo de viagem: 10:15:00
Distância: 137.3 km
Média: 19.9 km/h
Velocidade máxima: 58.4 max
Trânsito: cedo tava tranqüilo pois saímos 7:06. Estrada boa com duas faixas de cada lado para os carros e acostamento excelente com asfalto ótimo e bom espaço. Apenas em alguns trechos justo os mais perigosos o acostamento virava 3a. faixa para os carros, com chuva e neblina então fudeu. Já em joinville, trânsito pacato e de boa. Chegamos no hotel 17:21.
SKOL: 2.500 ml para os dois, depois mais na balada.
Lances de escada carregando a bike depois de pedalar 137 km com as malas molhadas amarradas na bike e pesando muito mais de 12kg: 2
Raios trocados, bike do Pedro: 3
Abraços,
Pedro
Pedrão caprixou neste Post! É isso aí... kkkkk
Mesmo o Júnior nos alertando que teríamos subidas, kkkkk, foram mais de 65 km subindo muito pra poder descer! kkkkk E logo quando chegou a GRANDE descida (e era grande mesmo, sinistro!) chegou a chuva! Chuva muito fria! Congelava o corpo inteiro! E as mãos ficavam até fracas pra controlar a bike. Quando nós paramos pra nos esquentar eu estava tremendo tanto que mal mantinha a bike em linha reta. Muito tenso estes momentos! Na casinha, além de comer, colocar a camiseta seca por baixo de um saco e enxer as garrafinhas novamente, ainda trocamos uma idéia com o dono lá da propriedade! Ele nos chamou de doidos, só pra variar e ofereceu-nos vinho! kkkkkk Até que não seria ruim pra dar uma esquentada heheheh. Mas negamos porque era mais importante manter-nos sóbrios para o resto da viagem!
Depois da longa descida, já chegando em Joinville, veio um trecho mais calmo, de retas e menos chuva! E apesar do frio e da impressão do Pedrão, eu estava estremamente feliz e empolgado! Quando chegamos em Joinville eu não parava de gritar: "Chegamos brother!!! Iça!!!". A sensação de realização era muito show! Entramos na cidade e estava rolando uma exposição num parque que fica logo na entrada da cidade. O trânsito de carros era intenso, mas lento. E nós fomos passando e chamando atenção de todo mundo... Nas nossas bikes equipadas típicamente de viajantes e a sujeira de um longo caminho de chuva!
Fomos pedalando cidade a dentro, sentido centro! E maravilhados com a sinalização das ruas! Além de muito bem feita, a sinalização incluia placas turísticas do tipo "Hotel X, próximo ao Shoping". Olha que bem elaborado! Lá não tem como se perder. Mesmo assim nós paramos para perguntar, pois não há nada melhor do que se fazer de perdido pra conhecer as pessoas locais!
Até o próximo post!
Bruno.
Um comentário:
Vou concordar: doidos mesmo! heheheheheheh
No mínimo muuuuuito corajosos! Parabéns!!!!
A descrição foi muuuuito boa, mas o vídeo!!! DEMAIS heheh
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